
Padrão dos Descobrimentos: como visitar na região de Belém, em Lisboa – O ano era 1500. Em 9 de março, o português Pedro Álvares Cabral, sob ordens do rei D. Manuel I de Portugal, parte do Rio Tejo, no bairro de Belém, Lisboa, para liderar uma segunda expedição à Índia. Na ocasião, cerca de 13 navios e mais de 1500 tripulantes seguiram com Cabral, objetivando estabelecer relações de comércio com a cidade de Calicute.
Obra do acaso (dizem que ventos fortes e tempestades foram os responsáveis) ou de forma intencional, o fato é que Cabral e sua tripulação não chegaram à Índia. Pelo contrário, a terra avistada no dia 22 de abril (uma montanha) era no Brasil que, na época, foi chamada de Monte Pascoal por ser época da Páscoa. Já o local onde os portugueses se abrigaram foi batizado de Porto Seguro, hoje, a Bahia.
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Mas por que estamos começando esse post com essas informações históricas sobre a “descoberta” do nosso país? Porque o local de onde Cabral partiu em 1500 é hoje um dos atrativos mais importantes de Lisboa: o Padrão dos Descobrimentos.
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PADRÃO DOS DESCOBRIMENTOS: HISTÓRIA
Como vimos, os portugueses foram os pioneiros na exploração marítima e na arte de desbravar os oceanos em busca de novas terras. Foi em 1415, bem antes de 1500, que se iniciaram as grandes navegações. Este também foi o ano da conquista da cidade de Ceuta, no norte da África.
E foi para homenagear esse e outros descobrimentos portugueses, simbolizando um passado glorioso, que em 1960 o Padrão dos Descobrimentos foi erguido pelo arquiteto Cottinelli Telmo.

A inauguração aconteceu em alusão aos 500 anos da morte do Infante Dom Henrique, um dos grandes responsáveis pelo início da expansão marítima em Portugal.
O monumento, porém, não é o original. Reconstruído em betão e cantaria de pedra rosal de Leiria e com esculturas em cantaria de calcário de Sintra, substituiu um antigo que foi construído em 1940 com material mais perecível.
O que ver no Padrão dos Descobrimentos
Localizado às margens do Rio Tejo, exatamente de onde Cabral e outros portugueses saíram em busca de novos mundos, o Padrão possui o formato de uma caravela estilizada e tem 56 metros de altura.
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Ele é muito grande e é até difícil fazer uma foto muito de perto.


Na proa está Dom Henrique com um barco nas mãos. Ele é uma das 33 estátuas de importantes personalidades ligadas à expansão marítima em Portugal.
São navegadores, cartógrafos, guerreiros, colonizadores, evangelizadores, cronistas e artistas que fizeram parte dessa história.

Além dele, podem ser vistos Vasco da Gama (chegou à Índia), Pedro Álvares Cabral (descobriu o Brasil), Bartolomeu Dias (desbravou o Cabo da Boa Esperança), Luiz de Camões (não é navegador, mas escreveu o clássico “Os Lusíadas”, obra literária que aborda as conquistas ultramarinas portuguesas), entre outros.



Já do lado de dentro (que, infelizmente, a gente não conseguiu visitar por ser uma segunda-feira e os monumentos da região de Belém estarem fechados), está instalado desde 1985 o Centro Cultural das Descobertas. Ele abriga um miradouro, um auditório e salas de exposições.
Rosa dos Ventos
Além do monumento, ainda é possível ver uma Rosa dos Ventos de 50 metros de diâmetro estampada em mármore colorido no chão.

A obra de arte é composta pelo mapa mundi com datas das descobertas portuguesas e foi um “presente da África do Sul no V centenário do Infante D. Henrique, cujo gênio tornou possível a descoberta do Cabo da Boa Esperança”, conforme está escrito no piso.
Dizem que o melhor lugar para ver a imagem inteira é do alto do mirante. Mas como não entramos, só a fotografamos de cima do patamar de entrada no monumento.

Como chegar ao Padrão dos Descobrimentos
O Padrão dos Descobrimentos está localizado no charmoso bairro de Belém, às margens do Rio Tejo. De onde naus e caravelas partiram em busca de novos mundos.
E chegar ao bairro é uma tarefa muito fácil. O trajeto pode ser feito de ônibus, elétrico e trem (comboio).
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Ônibus: linhas 28, 714, 727, 729 e 751 (a partir da Praça do Comércio) – descer na estação Belém ou Mosteiro dos Jerónimos.
Elétrico (TRAM): 15 – descer na estação Mosteiro dos Jerónimos ( a Torre fica do outro lado)
Trem: descer na estação de Belém.
Nós fomos de Trem e descemos na estação Belém. Foi bem simples.
Atrações ao redor do monumento
Além de visitar o Padrão, a região de Belém conta com vários atrativos bacanas para serem explorados.
A começar pela Torre de Belém, uma das Setes Maravilhas de Portugal desde 2007.

Outra atração imperdível é o Mosteiro dos Jerónimos, que foi o único na região que nós visitamos por dentro. É incrível e vale muito a pena.

Tem ainda o museu arqueológico de Portugal, fundado em 1893. Ele conta com acervo reunindo vestígios de cerca de 3200 sítios arqueológicos relacionados à ocupação do território português.
Para quem gosta de artes, o Centro Cultural de Belém é uma outra ótima opção. A programação é voltada para música, teatro, cinema, dança e fotografia.

Outro espaço voltado para as artes é o Museu de Arte Contemporânea, inaugurado em 2016. Com um designer moderno e até futurista, o museu faz parte da Fundação de Energias de Portugal (EDP).
Para completar, tem a Fábrica de Pastéis Belém, onde é fabricado há quase 200 anos os tradicionais e únicos pastéis de Belém. É uma delícia e vale a pena entrar para degustar as delícias com tranquilidade.

Informações úteis
PADRÃO DOS DESCOBRIMENTOS – SITE
Funciona: de terça a domingo
De outubro a fevereiro – das 10 às 18 horas
De março a setembro – das 10 às 19 horas
Endereço: Avenida Brasília, 1400 – Freguesia de Belém
Valor: 10 euro (para exposição, filme e miradouro). Idosos pagam 8,5 euros
Obs.: valores atualizados em dezembro de 2023
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