Basílica de São Marcos em Veneza: como visitar
A fila, geralmente, é grande para visitar o principal cartão-postal de Veneza. A basílica de São Marcos, localizada na Piazza de San Marco, recebe milhares de visitantes por ano. Mesmo assim, durante nosso único dia na cidade italiana, fizemos questão de conferir de perto essa atração tão importante.
BASÍLICA DE SÃO MARCOS: UM POUCO DA SUA HISTÓRIA
Em formato de cruz grega e com cinco cúpulas, a basílica teve sua construção iniciada em 828 para guardar os supostos restos mortais de São Marcos Evangelista, padroeiro de Veneza. O corpo do santo estava em Alexandria, no Egito, e foi adquirido por mercadores venezianos em 829.
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Na época, ainda era um edifício temporário dentro do Palácio dos Doges.
Ao longo dos anos, a igreja foi incendiada e passou por algumas reconstruções até chegar ao que vemos hoje, erguida entre 1084 e 1817.
O seu estilo bizantino foi inspirado nas basílicas de Santa Sofia e dos Apóstolos, na antiga Constantinopla, hoje Istambul.
Atualmente, a basílica de São Marcos é o principal ponto turístico de Veneza.
E, além ser ser um templo religioso e sede da arquidiocese católica romana desde 1807, ainda abriga um museu, onde é possível ver mosaicos em estilo gótico; os famosos cavalos de São Marcos; a Pala D’Oro; e outros objetos importantes para a história da cidade italiana.
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Visitando a Basílica de São Marcos em Veneza
Embora imperdível, achamos o tour dentro da basílica um pouco confuso e muito rápido.
Primeiro, pegamos uma fila para entrar. A visita na igreja é gratuita.
IMPORTANTE: a entrada é limitada a três mil pessoas por dia.
Lá dentro, a fila continuava em um espaço apertado. Porém, só depois de ficarmos nela por vários minutos, descobrimos que era para quem visitaria os locais reservados, com ingresso comprado à parte: Museu, Tesouro e Pala D’Oro.
Então, como não iríamos visitar esses locais, saímos da fila. Mas isso também foi bem complicado. Foi preciso mais alguns momentos de contorcionismo e boa vontade dos demais turistas para conseguirmos chegar ao espaço de visitação da igreja.
E quando isso aconteceu, ainda vimos que a visita tinha que seguir um percurso pré-definido. Não é possível ficar lá dentro o tempo que quiser: no máximo 10 minutos.
Então, prepare-se para ver tudo bem rapidinho e preste atenção nos detalhes mais importantes.
OUTRA DICA: Não é permitido entrar com mochilas ou bolsas grandes. Nós tivemos que deixar a nossa em um guarda-volumes gratuito que fica do lado de fora, na lateral esquerda da igreja.
O que ver na Basílica de São Marcos
Após esse pequeno tormento para iniciar de fato a visita, conseguimos focar nos ricos detalhes presentes no interior do templo religioso.
Mosaicos e cor dourada
O que primeiro chama atenção são os mosaicos do século XIII nos tetos da cúpula principal, nas paredes e átrio. Os desenhos estão estampados em todo lugar e cobrem cerca de oito mil metros quadrados, segundo informações no site oficial.
Mais ainda tem mosaicos do lado de fora (acima da entrada principal) e no chão (porém, a maioria está tapada com tapete oriental para não estragar).
Dizem que são mais de quatro mil peças, representando cenas do Antigo e Novo Testamentos e das vidas de Cristo, da Virgem Maria e de São Marcos.
Além disso, a igreja é toda decorada na cor dourada. Não tem como não ficar admirado.
Tesouro
Outro coisa para se visitar dentro da basílica de São Marcos é o tesouro. Porém, como disse mais acima, a entrada é paga à parte.
Nós não estivemos neste espaço, mas ele guarda quase 300 peças sacras de ouro, prata e pedras preciosas que foram saqueadas da antiga Constantinopla ou doadas por papas e outras personalidades importantes da história veneziana.
São cálices, ostensórios, xícaras, vasos, lâmpadas de cristal, queimador de perfume e outros objetos de valores inestimáveis.
A peça mais valiosa do acervo, porém, é o relicário do trono de São Marcos. Feito em alabastro de calcário do processamento alexandrino, sua data (provável) é do século VI.
Pala D’Oro
Outro atrativo que pode ser visto (com entrada mediante ingresso) é o Pala D’Oro. Localizado no altar principal, ele é um retábulo de três metros de largura e dois, de altura, todo feito de ouro e pedras preciosas (safiras, esmeraldas, rubis e outras) da Idade Média.
Em seu interior estão as relíquias de São Marcos.
Em frente a ele está o sarcófago de mármore com o corpo de San Marco.
Museu
O terceiro local com entrada paga é o Museu. Localizado no piso superior da Basílica, foi criado no final do século XIX. Como ele fica no alto, é possível ver mais de perto os mosaicos no teto da cúpula.
E, além de ver as peças em exposição (mobiliários, retábulos, tapetes persas, vestimentas, manuscritos, pedaços de mosaicos, carruagem de bronze, entre outros), também poderá apreciar os quatro cavalos originais de São Marcos.
Datadas da Antiguidade Clássica (século IV a.C.) e construídas de bronze e ouro, as esculturas foram saqueadas de Constantinopla, durante a quarta Cruzada, em 1204.
Fachada
Mesmo quem optar por não entrar na basílica ainda poderá apreciar a arte presente em sua fachada lindíssima.
A construção tem cinco pórticos de entrada sustentados por colunas de mármore. Também ostenta em uma varadinha as réplicas de bronze dos quatro famosos cavalos de São Marcos. Os originais estão no museu para ficarem protegidas das ações do tempo.
Dessa mesma varanda, que fica na parte frontal da basílica, é possível ter uma vista bonita da Praça de São Marcos à frente.
Ah, e não podemos esquecer dos mosaicos sobre a porta central. As cenas contam a chegada do corpo de São Marcos à cidade. Um deles, aliás, (o que conta a entrada do santo na basílica), é o único que permanece original do século XIII. Os demais, embora sejam reproduções fiéis, foram refeitos entre os séculos XVII e XIX.
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Outros atrativos
Além de todos estes espaços, a igreja ainda abriga altares renascentistas construídos na segunda metade do século XV.
Tem ainda mais de 500 colunas do século III, portas de bronze, esculturas em terracota, ícones, entre outros objetos da arte sacra.
Basílica de São Marcos para idosos e pessoas com mobilidade reduzida
A basílica conta com uma entrada adaptada para receber este público. A porta dei Fiori fica na lateral esquerda e está equipada com uma plataforma.
Já para chegar ao museu no piso superior, é possível usar o elevador.
Visita guiada
Para quem não quer pegar fila e nem quer ter um tempo reduzido dentro da basílica, é indicado fazer um tour guiado.
São várias opções disponíveis que podem incluir ainda entrada no Palácio Ducal, passeio a pé pela cidade ou de gôndola e até tour noturno dentro da igreja que é considerada obra-prima da arte bizantina.
Informações úteis
Funciona:
De Outubro a abril – segunda a sábado – das 9:30 às 17 horas | Domingo e feriado – das 14 às 16:30 horas
De maio a setembro – segunda a sábado – das 9:30 às 17 horas | Domingo e feriado – das 14 às 17 horas
Endereço: Piazza S. Marco, 328
Valor: Basílica – gratuito | Pala D’oro – 2 euros | Museu – 5 euros | Tesouro: 3 euros
Obs.: Valores de 2020. Por conta da pandemia da COVID-19, esses horários estão diferenciados. Não alteramos ainda porque brasileiros não podem visitar a Itália. Assim que isso acabar, iremos atualizar o post.
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5 Comentários
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Lugar lindo, amo esses lugares com estrutura antiga
Realmente, é um lugar cheio de histórias e vale a pena a visita.
Nossa, tô muito impressionada com a riqueza de detalhes da Basílica! Sempre soube que era linda, mas as fotos mostram muito mais. A vista do campanário é incrível! Só que chato que é isso de não poder ficar o tempo que quiser né? Infelizmente é uma realidade em muitos lugares na Europa 🙁
OI. Verdade. ao vivo é ainda mais lindo que nas fotos … mas vale muito a pena, mesmo sendo uma visita rápida.