Casa de Anne Frank: como visitar o museu em Amsterdam, Holanda
Você consegue se imaginar vivendo durante dois anos escondido junto de mais sete pessoas em um espaço limitado, sem poder sair, sem poder ver a luz do dia e sem poder fazer qualquer barulho? Difícil, né.
Pois foi assim que viveu Anne Frank.
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Mas quem é Anne Frank? Anne Frank foi uma adolescente judia de 13 anos que passou dois longos anos (entre 1942 e 1944) escondida dentro de um anexo secreto em um prédio na cidade de Amsterdam, na Holanda.
O museu biográfico abriu suas portas em 1960, graças ao esforço de Otto, único sobrevivente desta tragédia (ele morreu em 1980).
Ele fica no mesmo edifício onde Anne e seus companheiros viveram, na rua Prinsengracht, 263.
O local vinha passando por reformas, inclusive durante a nossa visita em abril de 2018, e em novembro de 2018 foi reinaugurado. Está novinho e todo modernizado.
Mas o que tem dentro desta casa? Como é a visita? Com tantas atrações na cidade, vale a pena visitar, mesmo se eu não tiver lido o livro? Como comprar o ingresso? Quem foi Anne Frank e o que ela escreveu em seu diário?
Confira agora as respostas para todas estas perguntas.
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Quem foi Anne Frank?
Anne Frank era uma menina judia de 13 anos. Quando completou esta idade, ganhou um diário de presente de aniversário de seu pai, Otto Frank.
Até então, sua família tinha uma vida confortável e até tranquila, embora tivesse que seguir as regras impostas pelos nazistas durante a guerra.
Por serem judeus, tinham de estudar em escolas para judeus, frequentar e comprar apenas em lugares específicos para eles e dezenas de outras condutas que deveriam ser seguidas.
Porém, quando a irmã de Anne, Margot, foi convocada para um campo de trabalho alemão, toda a sua família se viu obrigada a se esconder em um porão (anexo), localizado no escritório onde seu pai tinha uma empresa: a Opekta.
Ali, em um espaço com entrada secreta atrás de uma estante, oito pessoas tiveram que conviver por cerca de dois anos, sem fazer barulho, sem chamar atenção e com medo, até serem denunciadas e enviadas para os campos de concentração.
Durante o período em que ficou escondida, a família de Anne é auxiliada somente por alguns funcionários que trabalhavam no escritório, levando comida, livros ou notícias do mundo exterior.
E é um deles (a senhora Miep Gies) que encontra os diários e os entrega para o pai da adolescente. Isso depois que ele é libertado dos campos de concentração, após o fim da guerra.
Anne morreu de tifo (assim como sua irmã, alguns dias antes) no campo de concentração de Bergen-Belsen, na Alemanha (não se sabe se no final de fevereiro ou início de março de 1945).
O mais triste é que, em 12 de abril daquele ano, o campo em que ela estava foi libertado pelos ingleses.
O Diário de Anne Frank
Uma das edições do Diário de Anne Frank – Casa de Anne Frank em Amsterdam |
Entre alguns trechos do livro, pode-se destacar:
“Acontece o mesmo com as cortinas. Desde que viemos nos esconder, elas foram presas firmemente nas janelas. Algumas vezes uma das damas ou cavalheiros não consegue resistir a uma espiadinha lá fora. Resultado: uma tempestade de críticas (…)“. Página 154.
“Acredito que, no correr do próximo século, a ideia de que é dever da mulher ter filhos mudará, e abrirá caminho para o respeito e a admiração de todas as mulheres, que carregam seus fardos sem reclamar e sem um monte de palavras pomposas!” – Página 329.
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“Eu me agarro a papai porque meu desprezo por mamãe cresce dia a dia, e só através dele consigo manter o pouquinho de sentimento familiar que ainda tenho”. Página 151.
“Sempre que vem alguém de fora, com o vento nas roupas e o frio nas bochechas, sinto vontade de enterrar a cabeça debaixo dos cobertores para não pensar: ‘Quando será que poderemos respirar ar puro de novo?’ Não posso fazer isso – pelo contrário, tenho de manter a cabeça erguida e ver as coisas de modo corajoso, mas os pensamentos voltam assim mesmo. (…). Acredite, se você ficasse trancada um ano e meio, acabaria achando demais”. Página 164.
“Banhos: A tina está disponível a todos os moradores depois das nove da manhã aos domingos. Os moradores podem tomar banho no banheiros na cozinha, no escritório particular ou no principal, como quiserem”. Página 79.
“PS. esta manhã o banheiro estava entupido, e papai teve de enfiar um pau comprido e pescar vários quilos de excremento e papel de embalar morangos (que usamos como papel higiênico atualmente). Depois disso queimamos o pau”. Páginas 103 e 104.
Publicação
Após ler estes e tantos outros relatos da filha, Otto Frank descobriu que ela queria ser jornalista, escritora e ter seu diário publicado.
Foi então que ele se empenhou para atender a vontade de Anne e, em 1947, lançou o Diário de Anne Frank em sua primeira versão com alguns trechos censurados (que envolvem as brigas com a mãe e até situações sobre a sexualidade da menina).
Posteriormente, o diário foi publicado integralmente.
Atualmente, o livro já pode ser encontrado em mais de 70 idiomas. Além disso, ele e as outras duas obras de Anne (Livro de Belas Frases e Contos do Esconderijo) fazem parte, desde 2009, do Patrimônio Mundial para Documentos da Unesco – The Memory of the World Register.
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O QUE TEM DENTRO DA CASA DE ANNE FRANK
Duração do tour
Mas a visita é feita seguindo um trajeto único. Depois que você entra, não tem como mais voltar.
É preciso passar por cada cômodo (todos com janelas fechadas e um pouco escuros para fazer o visitante sentir um pouco da experiência de viver isolado do mundo) e subir escadas (são várias e bem íngremes) até chegar ao final do percurso.
Logo em seguida tem banheiros, um café e a lojinha oficial com livros e outros produtos.
Experiência emocionante
Como comprar o ingresso para visitar a Casa de Anne Frank
Como é a entrada
Idosos e pessoas como dificuldade de locomoção
Quem tiver algum problema de locomoção não vai conseguir fazer a visita completa. O local é muito apertado e tem várias escadas, algumas deles muito íngremes. Aliás, esse é o modelo das casas holandesas: altas, estreitas e com muitas escadas.
Pessoas com cadeiras de rodas só terão acesso à parte moderna do museu, conforme consta no próprio site da atração, onde estão localizados uma exposição, café, loja e banheiros.
As demais que tiverem dificuldades ou idosos, por exemplo, vão precisar ter um pouco de cuidado no momento das escadas. Mamis deu conta tranquilamente.
Casa de Anne Frank
Funciona:
De 1º de abril a 1º de novembro – diariamente – das 9 às 22 horas
De 2 novembro a 31 de março – diariamente – das 9 às 19 horas | Sábado – até às 21 horas
Endereço: Prinsengracht 263-267, 1016 GV
Telefone: +31 20 556 7105
Valor: 10 Euros + 0,50 centavos da taxa de reserva (entre 10 e 17 anos: 5 Euros | Menores de nove anos: gratuito)
Estações de metrô: Estação Central (distante 20 minutos a pé) | ônibus 170, 172 e 174 param no ponto Westermarkt, perto do museu | Trams 13, 14 e 17
Site: www.annefrank.org
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